domingo, 27 de setembro de 2009

Dia Mundial Sem Carro Aracaju: Participação ou Construção. (Parte 1)


No início era apenas uma pequena idéia de fazer algumas atividades para celebrar esse momento de comemoração e luta para a inserção do uso e da discussão da bicicleta como meio de transporte feito por um pequeno coletivo de pessoas que usam a bicicleta em Aracaju. Como dever de participação do Estado em atividades de foco social, comentamos com o Superintedente de Transporte e Trânsito de Aracaju e a sua equipe nos procurou para agregar as nossas ações as atividades do Dia Mundial Sem Carro. A idéia se espalhou e a proposta cresceu e as várias secretárias municipais e empresas públicas.
Por um lado essa participação é muito positiva, por que trouxe para dentro de uma atividade que busca uma mudança de pensamento do que é cidade as várias insituições e consequentemente as pessoas que fazem o dia-a-dia delas e quando essas ações acontecem em meio aberto ou em um espaço público que permite a troca de saberes e idéias de vários cidadãos essas pessoas ficam mais sensíveis a uma "nova" proposta.
Analisando como a participação pode iniciar a construção de um novo pensamento em atividades como essas é que as vezes as pessoas que viveram o Dia Mundial Sem Carro estavam tão encantadas em ver uma árvore na rua, um banquinho rodeado de gramas na vaga do estacionamento ou a liberdade em andar na rua sem a preocupação de ser atropelada que elas se tornaram receptivas ao "novo" ou a uma nova forma de organização do espaço urbano que prioriza o pedestre e os meios não motorizados de transporte onde muitas das vezes ela não tem isso nem dentro da sua casa por que o barulho dos carros também é constante. Isso fez com que o espaço fosse melhor aproveitado e com um foco reflexivo para os representantes do Estado e para a sociedade.

Analisando por um lado mais pessimista e político partidário de uma atividade realizada em um espaço público é que percebi que esse momento também foi utilizado como uma realização exemplar da prefeitura e que ela pensa no seu planejamento o pedestre, o utilizador de ônibus e o ciclista. Ações pontuais sempre escondem as várias propostas contraditórias que o Poder Público possui e o nosso papel como ONG ou coletivo de pessoas bem intencionadas era evidenciar essas contradições no próprio discurso das representações politicas e mostrar que momentos como aquele pode acontecer e ser constante e que o querer fazer é bem melhor do que o querer mostrar ou propagandear uma atividade como essa.

Escrito por Waldson Costa

Um comentário:

Alessandro Carlos disse...

Oi galera do ciclo urbano. Gostaria de recomendar que coloquem qual o dia da bicicletada no topo da coluna lateral do blog para que todos saibam e possam participar. Eu já descobri a data, mas depois de me bater um bocado. É uma sugestão para que as pessoas saibam e participem. Abraços a todos