quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Um dia como esse...



Sim, foi apenas um dia. Mas pra quem passou algum momento do dia de ontem nas ruas em volta da Praça General Valadão teve oportunidade de ouvir o canto de um pássaro, o ruído das folhas da árvore, tudo em pleno centro comercial. No lugar da buzina teve risada de criança. Não foi preciso olhar o semáforo e a rua inteira era uma faixa de pedestres.




A graça começou logo cedo pra mim, de bike, quando na ultima esquina a virar deixei todos os carros pra trás e tive o gostinho de não precisar parar. Pedalar ou caminhar no meio da rua teve até valor simbólico, por um instante parte do centro deu lugar às vozes, às trocas, às pessoas, à vida.

Pena saber que foi só um dia, mas foi lindo ver gente comentando e perguntando o porquê de não ser sempre assim. E no fim das contas, por que não?

Reticências.


Só sei que ontem eu pensei em cada um dos meus próximos que naquele momento não dividia a mesma sombra de árvore comigo. Pensei desejando que estivessem fazendo algo tão bom quanto. E pensei querendo lembrá-los de que não é preciso ser o dia 22 de setembro pra tentar algo novo.

Caminhe, use sua bike, sinta o vento, sol na pele, sinta-se vivo.

(texto e fotos de Laís Gouvêa)

Um comentário:

RC disse...

Taí: tentar algo novo. Algo que cada vez menos pessoas parece estar interessada em fazer nos dias de hoje.